Os clássicos reunidos na Ponte Estaiada (22-11-2015)


Durante a entrega do livro "Fusca - A história do carro que o povo aclamou" ao Clube do Fusca do Piauí neste domingo, a Ponte Estaiada Mestre Isidoro França recebeu diversos modelos clássicos - muitos deles com a placa preta que atesta a originalidade estética e mecânica. É verdade que não se tratava de um encontro tão numeroso quanto em outras oportunidades, mas é sempre interessante conferir pessoalmente detalhes de carros de outras eras.


O Volkswagen 1300 traz detalhes impecáveis, como os filetes brancos nos pneus, os frisos cromados, o rádio de época, o revestimento dos bancos e até a alça "PQP" (pelo menos era o que muitos exclamavam em situações onde era preciso agarrá-la...). Lançado em 1967 com o apelido "Tigre", rendia 38 cavalos em seu motor boxer refrigerado a ar.


O DKW-Vemag 1000 começou a ser produzido nacionalmente em 1958, após sua irmã perua Vemaguet. No ano seguinte, passou a conta com o motor de 1000 cm³ que lhe rendeu o batismo. As primeiras unidades traziam portas dianteiras que abriam em sentido oposto ao das traseiras (o que rendeu o maldoso apelido "deixa-vê", já que as passageiras de saia podiam mostrar demais ao abrir as pernas para sair). 


Seu propulsor era dois-tempos e tinha três cilindros, refrigerado a água, diferentemente de seu oponente principal, o VW 1200. O DKW gerava 60 cavalos e tinha como característica marcante a nuvem de fumaça que saía pelo escapamento, já que a cada abastecimento do tanque de 40 litros era demandado um litro de óleo.



O Ford LTD (1971) era a versão mais luxuosa do já opulento Galaxie, que incluía teto de vinil, ar-condicionado, grade diferenciada, revestimento das portas em madeira, descansa-braço no banco de trás e opção de câmbio automático. Seu motor era o 4.8 V8 de 190 horsepower, que lhe garantia fôlego de sobra (e também exigia do proprietário um bom gasto com combustível...).


O Mercury Cougar (1973), pertencente à segunda geração, foi uma espécie de Mustang de luxo, trazendo de série câmbio automático e freios a disco na dianteira, além do motor 5.8 V8 "Cleveland" de 168 horsepower. Naquele ano - em que estourou a Crise do Petróleo - o Cougar teve 60.628 unidades comercializadas. Daí em diante, o Mercury deixou de compartilhar sua base com o pony-car da Ford.
  

A primeira geração do Chevrolet Bel-Air (1953) foi um marco na carreira da General Motors, adotando estilo que permaneceria basicamente o mesmo por toda a década, com alterações ano a ano para incentivar a troca por um novo modelo (e nós achando que os carros dos dias de hoje ficam obsoletos rapidamente...). Neste ano, o Bel-Air passou a contar com para-brisa em peça única. Eram duas opções de motor, 3.5 "Thriftmaster" e 3.9 "Blue Flame", ambas de seis cilindros. Trazia como opcionais luxos como direção hidráulica e faróis que alternavam de baixos para altos automaticamente.


Precursora da onda dos utilitários esportivos, a Rural Willys de 1968 ostentava o charme da pintura saia-e-blusa, além dos pneus de banda branca. Herdou dos utilitários Jeep a boa desenvoltura no uso fora-de-estrada e transportava de seis a oito passageiros. Com estilo frontal exclusivo do mercado brasileiro e inspirada nos traços característicos do arquiteto Oscar Niemeyer, a Rural podia ser equipada com motores 2.6 ou 3.0, ambos de seis cilindros.


O Mustang Conversível "cor de sangue" (1968) marcou época como um modelo relativamente acessível e de apelo jovem, com a liberdade proporcionada pela capota dobrável de tecido, sendo levemente reestilizado na linha 1967. O modelo Base se caracterizava externamente pelas garras cromadas do para-choque dianteiro e pela ausência dos faróis auxiliares na grade. O modelo das imagens conta com a comodidade do câmbio automático de 3 marchas.



O Ford Maverick Super Luxo, lançado em 1973 (perdendo a opção de motor seis-cilindros herdado do Aero-Willys em 1976), trazia diferenciais como logotipos, calotas, volante de dois raios, frisos cromados na grade e na traseira, além de bancos revestidos em curvim. Era a opção mais requintada ao Maverick GT V8.





Já pertencente à época da abertura econômica do Brasil no início dos anos 1990, o alemão BMW 328i Coupé é pertencente à geração E46 e foi produzido entre 1995 e 1999. Estava a apenas um passo do mítico M3. Impecável em seus detalhes, este exemplar traz o motor 2.8 de seis cilindros e 193 cavalos, que o levava de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos, atingindo a velocidade máxima de 240 km/h


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