Os detalhes do Honda CR-V LX 2015


A versão de entrada do Honda CR-V reestilizado terá cota de importação para o Brasil limitada a 120 unidades, então encontrar o LX 2015 será tão difícil quanto o HR-V manual (que corresponde a apenas 1% da produção total do utilitário) ou o Civic Si (que vem em pequenos lotes de 100 unidades).

Externamente, o modelo mais em conta (que preenche a lacuna entre o HR-V EXL, ao lado, e o CR-V mais equipado) recebeu as mesmas novidades da versão EXL 4x4: faróis e lanternas com novo desenho interno, grade superior com molduras cromadas, novas rodas aro 17'' (que parecem pequenas para suas caixas de roda), para-choques redesenhados e filete cromado traseiro. A ausência de barras longitudinais de teto e faróis de neblina, além das maçanetas na cor do carro ao invés de serem cromadas, ajudam a identificar o CR-V LX. No geral, manteve seu aspecto sóbrio, característica comum ao seu principal rival, o Toyota RAV4 (que chegou ao País em 2013 e, nos Estados Unidos, recebeu uma atualização de meio-ciclo de geração), porém divergente de seu oponente coreano, o Kia Sportage.



O interior mantém o aspecto geral da versão EXL, com materiais de boa qualidade (macios ao toque, detalhes prateados) e ergonomia correta.

De série, o LX oferece ar-condicionado manual com saídas para os ocupantes traseiros (direcionáveis independentemente, porém fechadas ou abertas simultaneamente), direção elétrica progressiva, chave-canivete com abertura/fechamento das portas, vidros e do porta-malas, cobertura retrátil do porta-malas, botão ECON com indicador do controle de consumo de combustível, banco traseiro bipartido (60/40) com rebatimento e reclinamento por um botão, volante ajustável em altura e distância, travamento das portas a 15 km/h, airbags frontais e laterais, assoalho traseiro plano, cintos de três pontos e encostos de cabeça para os cinco ocupantes (com pré-tensionadores, regulagem de altura e limitador de força nos cintos dianteiros), freios a disco nas 4 rodas com ABS, EBD e Brake Assist, alarme com sensor de presença e acionamento via chave...

...central i-MID com visor LCD "insensível ao toque" de 5 polegadas, visor da câmera de ré, controles no volante, Bluetooth, CD Player, 4 alto-falantes, entrada auxiliar P2 e conexão USB para MP3 Players, pen-drive e iPod/iPhone/iPad; freio de estacionamento no pedal, comandos iluminados dos vidros elétricos (do tipo um toque, com abertura/fechamento automático e sistema anti-esmagamento), apoio de braço frontal, limpador de para-brisa com duas velocidades, função intermitente e acionamento um-toque, controle automático de velocidade, porta-revistas atrás dos bancos dianteiros, porta-luvas com chave, porta-óculos no teto, desembaçador/limpador traseiro, descansa-braço traseiro com dois porta-copos, alavanca interna par abertura do bocal do tanque de combustível e aviso sonoro de faróis acesos, chave no contato e cinto de segurança desafivelado (para motorista).


O quadro de instrumentos com ajuste de luminosidade manteve a disposição das informações, com conta-giros em semi-círculo e com o ponteiro repousando "em pé" à esquerda e um quadro monocromático com dados envolvido pelo velocímetro. 


A perda de itens do CR-V LX é significativa: partida por botão, chave com sensor de aproximação, teto solar, ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia com tela sensível ao toque, sensor de chuva e, pior, foram-se embora os airbags de cortina, o controle de estabilidade/tração VSA, o assistente de partida em ladeiras HSA e a sinalização intermitente de frenagem brusca. Vale ressaltar que os bancos de couro bege do modelo das imagens estão disponíveis como acessório: o revestimento original é de tecido.

Em termos mecânicos, o CR-V LX mantém o motor 2.0 16v FlexOne de 150/155 cavalos a 6300 rpm e 19,3/19,5 kgfm de torque a 4700/4800 rpm (dados com gasolina e etanol, respectivamente). A tração, no entanto, é dianteira. A retirada de equipamentos fez o modelo da Honda emagrecer de 1579 para 1502 quilos. O desempenho é razoável, inferior ao HR-V e sua carroceria menor e mais leve: o CR-V acelera de 0 a 100 km/h em 13,5 segundos e atinge 171 km/h. 

Em termos de consumo, com gasolina registra 9,4 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada; já com etanol, faz 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada.

O CR-V LX 
manteve as dimensões básicas da carroceria anterior, exceção feita ao comprimento (4,58 metros), que cresceu 5 centímetros. A altura é de 1,65 metro, a largura de 1,82 m e a distância entre-eixos, 2,62 metros. Seu tanque de combustível leva 71 litros; o porta-malas acomoda 589 litros, ou 1146 L com os bancos de trás rebatidos.


Disponível nas cores Copper Red Pearl, Taffeta White Solid (nas imagens), Alabaster Silver Metallic, Modern Steel Metallic e Crystal Black Pearl, o Honda CR-V LX custa R$ 115 100, ao passo que o modelo EXL 4x4 sai por R$ 134 900 (ambos com frete incluso, e pintura metálica ou perolizada representando um acréscimo de R$ 1200).

A princípio, a diferença de preço de cerca de R$ 20 mil é atraente, mas considerando todas as perdas desta versão, nem a própria Honda espera que esta versão seja de grande volume, daí a quantidade limitada de unidades trazidas para o Brasil. Considerando que tem desempenho inferior e consumo superior ao HR-V, além da lista de itens sem grandes requintes, o comprador da versão LX é bem específico, possivelmente fidelizado ao modelo e que dá prioridade ao espaço interno (esta sim uma vantagem ampla frente ao utilitário derivado de Fit/City), mas que prefere abrir mão da tração nas 4 rodas e das comodidades a mais da versão EXL.




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