Audi Q7 2016 perde peso e se reinventa


Desde o seu lançamento, em 2006, o Audi Q7 não passava por uma remodelação tão abrangente quanto a que será apresentada ao público no Salão de Detroit (EUA): a nova carroceria, de linhas mais retas e robustas, está nada menos que 325 quilos mais leve, registrando menos de duas toneladas na balança em sua versão TDI (1995 kg). Para chegar a este total, o peso de uma pessoa de estatura média (71 quilos) foi eliminado de sua estrutura com a incorporação de aços de alta resistência e alumínio (só as portas ficaram 24 quilos mais leves). É verdade que sua carroceria está ligeiramente mais curta e estreita (tem 5,05 metros de comprimento, 1,3 cm a menos; a largura, que antes era de exatos dois metros, passou a ser 1,97 m, e a altura manteve-se em 1,74 metro), mas segundo a Audi, sua cabine oferece mais espaço para pernas e cabeça para os sete ocupantes (e olha que o Q7 anterior já dispunha notável amplitude interna).


O novo estilo da grade é similar ao da reestilização do Q3; faróis e lanternas adotam estilo de trapézio (quase) isósceles, que divide opiniões. Já a lateral e as luzes horizontais no para-choque traseiro guardam semelhanças com a geração anterior. A aerodinâmica foi a principal favorecida com a carroceria da segunda geração: o Cx caiu de 0,37 para 0,32 (quanto menor o valor, menor a resistência do veículo ao ar que passa por ele, o que favorece desempenho e consumo). 


Internamente, o Q7 também está totalmente novo, ostentando painel de formas futuristas. O quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas traz diversas configurações e personalizações, incluindo a exibição de informações digitais dentro dos mostradores tradicionais; o sistema MMI conta com tela de 7 polegadas que "surge" do painel e pode ser operado por toques, gestos, comandos tradicionais à frente da alavanca de câmbio e também por voz, em linguagem natural (dizer "I want to listen to my iPod", por exemplo, ativa o menu de mídia; em outros carros com comandos de voz é preciso falar expressões formuladas para o entendimento do sistema, o que não é muito espontâneo). Para acompanhar todos estes recursos, o novo Q7 traz um processador NVIDIA T30, que gera gráficos em três dimensões a uma taxa de 60 quadros por segundo (24 fps são suficientes para a percepção de movimento contínuo ao olho humano) e resolução das imagens de 1440 x 540 pixels. Opcionalmente pode ser adicionado o MMI navigation plus, com tela de 8,3 polegadas. Outro destaque é o sistema de som Bose com efeito tridimensional ou o Bang & Olufsen de 23 alto-falantes e 1920 watts de potência. Os passageiros também podem desfrutar da internet com velocidade de 100 megabits por segundo e de tablets atrás dos assentos dianteiros, com 10,1 polegadas. 


De início, estarão disponíveis duas motorizações para o Q7, já oferecidas na geração anterior: 3.0 TDI de 272 horsepower e 61,2 kgfm de torque (a diesel, que o leva de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e à velocidade máxima de 234 km/h) e o 3.0 TFSI, que pesa 1970 quilos e gera 333 hp e 44,9 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos e chegando a 250 km/h de velocidade máxima. Em alguns meses, serão apresentadas as versões 3.0 TDI com menos potência e torque (218 hp e 51 kgfm, para redução de emissão de poluentes), 2.0 TFSI de 252 hp e 37,7 kgfm de torque (inicialmente destinado aos Estados Unidos e à Ásia) e a e-tron quattro, híbrida que alia um motor a diesel ao conjunto elétrico, garantindo potência de 373 horsepower e torque de aproximados 71,4 kgfm.

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