História dos Automóveis: Fiat Uno



É inegável que o Auto REALIDADE teria que contar a história do Fiat Uno, um carro simples, mas que fez e faz a alegria de muita gente. Atendendo a (muitos) pedidos, vamos contar em detalhes a trajetória deste bem-sucedido compacto.

Os anos 1980 viram nascer a tendência de veículos globais, ou seja, que atendessem públicos de diversos países. O Ford Escort (1983) era semelhante ao europeu, assim como o Monza (baseado no Opel Ascona, 1982) e o Santana (baseado no Passat Sedan), só para citar alguns exemplos.



O “mundial” da Fiat tornou-se o Uno (acima, um protótipo de 1980).

O compacto desenhado por Giorgetto Giugiaro foi lançado em 1983 na Europa e adaptado para o Brasil, onde começou a ser vendido em 1984.



Uno europeu, com o capô "por cima"

Muita gente estranhou o modelo (causou mais polêmica que o Smart ForTwo): o estepe ficava sob o capô, a traseira era quase vertical, a maçaneta era puxada para cima (versão duas portas) e a frente tinha uma inclinação acentuada.



Logo ganhou o apelido de “bota ortopédica”. Mas logo ele ganhou vários prêmios, inclusive o de Carro do Ano.



Na época, o modelo completo era o CS, que continha até comandos satélites. Veja o comercial:



Para 1985 era lançado o sedan Prêmio, e logo depois a perua Elba e a pick-up Fiorino (esta disponível também na versão Furgão, que resiste até hoje). Os dois modelos familiares tiveram, posteriormente, versão quatro-portas, raras nos anos 1980 em carros "comuns".





Em 1987, surge o esportivo 1.5R, que destacava-se pela cor amarela com a tampa do porta-malas em preto-fosco.



As rodas eram esportivas. Mas esportividade, só na aparência, pois o motor não recebia modificações.



Abaixo, as fotos do modelo europeu, já atualizado.





Com as vendas do Uno caindo aos poucos, a Fiat aproveitou o incentivo fiscal dado aos modelos com motor 1.0 e lançou o Mille (mil, em italiano), que era bem despojado, sendo opcionais o retrovisor direito, bancos reclináveis, apoios de cabeça... O motor era o Fiasa 1050 utilizado pelo Fiat 147, porém “encolhido” para 994,5 cm3.



Para 1991, a frente recebe novo layout, com faróis estreitados, assim como a grade, além de outras peças redesenhadas. Foi lançada, posteriormente, a versão 1.6R, com rack de teto.



Em 1992, chegava o Mille Eletronic, que apesar do nome, não tinha injeção eletrônica, e sim ignição eletrônica (no lugar do “platinado”). O modelo Eletronic tinha também algumas opções de luxo, como ar-condicionado e rodas de liga leve como opcionais.



Para 1994, a Fiat se preparava para a chegada do Corsa e lançou o Mille ELX, tão “luxuoso” quanto o Eletronic, porém já com a nova frente.



O ano de 1994 também viu nascer o Uno Turbo, que tinha motor 1.4 turboalimentado e desbancava modelos maiores e mais esportivos (na época dizia-se até que donos do Vectra GSi tinham que ter atenção, pois um Uno Turbo poderia passar voando por eles).



Em 1996, a Fiat já tramava a morte do (nesta época, apenas) Mille, com a chegada do Palio, que também foi considerado carro mundial. O modelo passou a ser vendido apenas na versão SX a partir daquele ano.



O Prêmio, à esta altura já chamado de Duna (abaixo), deu lugar ao Siena em 1997. A Elba sumiu para ser substituida pela Palio Weekend.



Mas o Mille continuou cativando clientes que necessitavam de um veículo simples.



O Mille SX recebeu uma depenada em 1999, desaparecendo até as calotas, mas no ano 2000, foi lançada a versão Smart, com grade colméia, calotas novas e preço menor.



A Fiat logo aplicou o motor Fire ao Mille, e junto com a mudança veio a grade com o então novo símbolo da Fiat (com a coroa de louros, aplicada pela primeira vez aqui no Brasil no Palio, em 2000), além de peças do irmão que poderia tirá-lo de linha, como os retrovisores, coluna de direção e volante (no caso do Fire).



Em 2004, o Mille passou por uma polêmica re-estilização, que foi feita na dianteira (a grade ficou desproporcional em relação aos faróis) e na traseira (que ficou com um aspecto mais limpo).





O modelo ganhou, em 2005, o motor Fire Flex, seguindo a tendência da metade dos anos 2000, de adotar propulsores capazes de queimar álcool e gasolina, além do para-choque que perdeu os cromados.



Em 2006, a Fiat atende aos pedidos dos aventureiros urbanos e dos que usam o Mille em estradas e lançou a versão Way, com suspensão 4,4 centímetros mais alta, calotas exclusivas e molduras nos para-lamas.



Em 2008, o Mille ganha a versão Economy, com foco voltado na redução do consumo de combustível. Para isso, os pneus são de baixo atrito e há um econômetro junto ao velocímetro.



A versão ganha calotas e rodas diferentes, além de leves mudanças nos para-choques.



O Mille Way ganha o adesivo com o nome da versão na lateral inferior.



Em 2009, começaram os testes do Novo Uno. Cogitava-se chamá-lo de Panda, mas o nome não significa muito aos brasileiros, ao contrário da Europa.



A Fiat criou bastante expectativa sobre o novo modelo, que foi chamado de Novo Uno, mantendo-se o Mille em linha.



O modelo foi apresentado no começo de maio de 2010. Este é o comercial que vocês todos conhecem muito bem.





O modelo foi totalmente remodelado e ganhou os motores 1.0 e 1.4 Fire Evo. O sucesso do modelo foi imenso: as vendas só ficam atrás das do Gol, e há espera de 45 dias pelo modelo...



Uno Ecology

Comentários

Anônimo disse…
Cara, como seu blog é bom. To descobrindo aos poucos os artigos sobre a historia dos carros. O Uno fez historia e voce soube contá-la muito bem.

Marcos Tony
Anônimo disse…
Vc Podia por preços!