PRO TESTE faz Peugeot mudar publicidade



Peugeot 207 [High Definition]

A PRO TESTE Associação de Consumidores obteve vitória no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) em recurso para alteração da publicidade enganosa do carro da linha Peugeot 207, veiculada no site da montadora, por induzir o consumidor a erro.

A Associação constatou que o anúncio de carro a juro zero não era real, em maio último, quando pesquisou em sites de nove montadoras para checar se a venda dos veículos em parcelas não tinha outros custos como informado. A Peugeot ainda mantém no site oferta da linha de veículos nas mesmas condições.

A decisão da câmara especial de recursos do Conar favorável à PRO TESTE foi por unanimidade ao julgar recurso da Peugeot, por isso não cabe recurso. A publicidade tem que ser alterada no site da montadora para tirar a informação de "taxa de juros de 0%."

Quando fez a pesquisa a Associação constatou que comprar um veículo a vista saia por valor menor do que a prazo, não se confirmando a taxa zero de juros. As empresas escondem o Custo Efetivo Total (CET) da transação, fazendo acreditar que o financiamento não tem custo. Não cumprem a determinação de anunciar o (CET ) dos financiamentos de forma clara e correta, como determina a lei.

As análises das condições das ofertas foram feitas em relação a quatro montadoras que ofereciam financiamento: Ford, Citroen, Renault e Peugeot. Na Citroen e Ford as informações referentes ao financiamento, bem como o CET, apareciam em nota de rodapé, em letras minúsculas e de difícil leitura. Já no site das montadoras Renault e Peugeot para conseguir estas informações era preciso entrar em uma outra página após ter visto o anúncio de 0% de juros.

Nas análises feitas pela PRO TESTE, se constatou que a Peugeot oferecia financiamento para o Peugeot 206 Sensation 1.4 Flex 3P 2008/2009 e Peugeot 207 XR 1.4 Flex 5P 2008/2009. Os CETs que constavam no site eram de 15,72% ao ano e 19,03% ao ano, quando na realidade eram de 19,32% anual e 21,70% ao ano. O CET também foi informado incorretamente no site, por ter ignorado a TAC de R$ 828. A Peugeot cobrava uma taxa (TIR) que sequer sabia explicar a origem, ou seja, o consumidor pagava por um serviço que não sabia se seria prestado.

A divulgação da taxa de juros ou do valor da parcela é insuficiente para decidir qual a melhor compra, pois omite outros custos, podendo induzir o consumidor ao erro. Muitas vezes, uma taxa de juros aparentemente mais baixa, se soma a cobranças paralelas, que encarecem o crédito. Deve-se levar em conta o Custo Efetivo Total (CET) e não a taxa de juros, pois com ele o consumidor pode, efetivamente saber o quanto desembolsará na compra parcelada.

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