Inflação do carro é a maior em cinco anos



A inflação do carro, índice medido pela agência AutoInforme, fechou 2009 com 8,41%, a maior variação deste 2004, quando atingiu 11,29%. O aumento, no entanto, não esteve na manutenção do carro, mas nos custos para rodar com ele. O etanol foi o grande responsável pela alta. O combustível, que teve grande aumento da procura com a ampliação da frota de modelos flex, subiu 19,07% no ano.

No primeiro semestre os preços de peças e serviços automobilísticos permaneceram estáveis. O índice da até julho era negativo em 0,33%. A partir de julho, quando a oferta de etanol no mercado reduziu em relação à procura, o índice iniciou uma escalada de crescimento. Novembro foi o mês com o maior índice no ano, um aumento de 3,51%.

Além de ter um aumento de preço excepcional, o etanol é o item da cesta de produtos e serviços que mais pesa no custo de rodar a fazer a manutenção do carro. Sozinho, o álcool representa 20,72% das despesas do motorista no dia a dia. A gasolina fechou o ano com alta de 2,93%.

As outras altas do ano foram nos serviços de alinhamento de direção, que ficou 16,72% mais caro, e do balanceamento de rodas, que teve alta de 15,42%. Porém esses serviços pouco influenciam na média final dos gastos, porque representam, juntos, apenas 1,31% nos gastos totais do motorista.

Estacionar o carro também teve alta exagerada em 2009. O preço do estacionamento por hora ficou 13,64% mais caro, enquanto o preço do óleo do motor subiu 9,87% no ano. Os produtos (peças e combustíveis) fecharam o ano com alta de 10,99%. Os serviços ficaram 9,15% mais caros, e o preço do seguro subiu 4,27%.

Na média, a despesa mensal com o carro foi de R$ 851 durante o ano de 2009.

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